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Meyas

Olá, sou a Fabi: Escrevo modelos de tricô entre outras coisas

Reflecções sobre amostras

Pequenas diferenças que no fim são grandes

Ninguém gosta de tricotar amostras. Estamos basicamente a tricotar um quadrado que no futuro não terá nenhuma utilidade. No entanto, às vezes é mesmo preciso tricotar quadrados inúteis. Este blog post tenta ilustrar o que pode acontecer quando não o fazemos.

Algumas amostras que tricotei nos últimos anos:

swatch

Amostra em 10cm/4in

A maioria dos modelos inclui uma amostra. Para verificar se a nossa malha é equivalente à do designer, monta-se o número de malhas da amostra e tricota-se o número de carreiras pedido. A amostra pode ser em ponto jersey ou qualquer outro ponto que o designer mencionar.

99% do tempo* a amostra será um quadrado de 10x10cm ou 4x4in (*citação em falta). Geralmente adicionam-se 3 malhas no início e fim da carreira, que serão tricotadas em ponto jarreteira; simultaneamente, tricotam-se 6 carreiras em jarreteira no início e fim da amostra. Desta forma, se a amostra for em jersey, as bordas em jarreteira vão produzir uma amostra cujas bordas não se enrolam, sendo depois mais fácil de medir.

Se a nossa amostra for igual à do designer (medir os 10x10cm), perfeito! 😌 Podemos começar logo a tricotar e parece que é magia.

Se não for igual, teremos de verificar o quão diferente e ajustar se necessário. O resto deste post expõe essas diferenças.


Insere a amostra do modelo e as dimensões da tua amostra:

Unidades

Amostra do modelo (10x10cm)

A tua amostra (largura x comprimento)

Little Peaks Quilt

Está feita!

Este blog post é a continuação do blog post “O puzzle de uma manta de retalhos: Parte 2”. Quando escrevi o último blog post desta série (há 1.5 anos 😬), pensei que iria escrever updates regulares, o que claramente não aconteceu. Nessa altura ainda estava a costurar os triângulos uns aos outros, formando tiras de triângulos. Se é a primeira vez que estão a ler o meu blog, o design que utilizei é gratuito no site da Purl Soho’s.

kitchentablemoved

(Se seguem o meu canal de Youtube provavelmente já ouviram esta história.)

Demorei muito mais tempo a terminar a manta do que imaginei. Depois de costurar os mais de mil triângulos, ainda tinha de:

  1. costurar cada tira uma a outra de forma a completar o topo da manta;
  2. formar uma espécie de “quilt sandwich” de três camadas: topo da manta, quilt batting/enchimento (utilizei lã) e parte de trás da manta (utilizei tecido de algodão numa cor sólida);
  3. alfinetar a “quilt sandwich” e costurar seguindo as linhas formadas pelas costuras do patchwork;
  4. cortar o excesso de tecido da “quilt sandwich”;
  5. criar um binding (basicamente uma fita de tecido muito comprida);
  6. coser um lado do binding à manta com a máquina e depois coser o outro lado à mão.

Quando estava a meio do passo 3, decidi fazer uma maratona de costura para terminar o topo da manta. Foi nessa altura que comecei a tirar fotos e é isso que venho partilhar neste post.

Vivemos num apartamento minúsculo e a minha máquina de costura é bastante barulhenta, por isso movi temporariamente a mesa da cozinha para o quarto. Assim, consegui estar a costurar durante horas a fio sem sentir que estava a irritar o meu marido e a malta que costuma estar no Discord com ele. 😅

A minha gata Estela adora a manta por algum motivo, e sempre que a encontra tem de se deitar em cima dela. Mesmo que eu esteja só a fazer um intervalo na costura, não perde uma oportunidade.

estelathecat

No Sábado de manhã estava a mais de meio de terminar o topo da manta, e no Domingo à noite estava terminada!

O próximo passo foi cortar o excesso de tecido, o que me deu muito gozo.

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Criar o binding foi fácil e costurá-lo à manta também. O último passo acabou por ser o meu favorito: coser o outro lado do binding à manta. Os cantos foram um bocadinho mais stressantes, mas de resto é um processo muito meditativo e relaxante. Fiquei com muita vontade de fazer outra manta à mão.

handsewing

Na foto dá para ver que a minha manta está tudo menos perfeita, mas é utilizada todos os dias. Gosto muito dela e é super quente. 10/10 se soubesse o que sei hoje fazia outra, mas talvez tivesse mais cuidado ao cortar os pedaços de tecido.

anotherestelaonquilt

E só falta mostrar o plano vs o resultado final, lado a lado. As cores dos triângulos não são iguais pelos motivos que expliquei no último post.

theplan thefinalresult

Muito mais fotos do que é costume, mas deixei o Instagram e penso que vou passar a partilhar mais fotos por aqui.

Já aqui faltava o post sobre o lançamento do meu modelo novo, Sentido, disponível no Ravelry.

sentido

É um gorro simples em canelado de 1x1, com uma secção em trabalho a duas cores com a técnica de mosaico. Está desenhado para tamanho de criança a adulto. Podem ver as versões tricotadas no teste na página de projectos no Ravelry. Este modelo não tinha sido possível sem as testers!

copenhaga

Tenho andado desaparecida do Youtube porque não tenho tricotado muito. Começou porque não tinha vontade, mas depois Fevereiro foi um mês complicado na nossa vida e passou a ser por falta de oportunidade. Entretanto a vida voltou ao normal, mas o entusiasmo pelo tricô continua por aparecer. Continuo a tricotar, mas anda tudo a passo de caracol.

No entanto, voltei a costurar um bocadinho na minha manta de retalhos.

manta

Vou exactamente a meio de costurar as 27 filas de triângulos. Depois de costurar as 6 primeiras filas, consegui encontrar um bom ritmo e agora demoro muito menos tempo. Tenho mantido os materiais em fácil acesso e penso que isso tem ajudado a progredir.

Já cheira a Primavera aqui, apesar de ainda estar longe, o que faz com os passeios ao longo dos canais tenham outro impacto.

argila

O meu modelo novo, Argila, está finalmente disponível no Ravelry!

Foi a primeira vez que desenhei uma camisola para adultos e demorou tanto tempo que entretanto já podia ter dado à luz. Sim, já passou assim tanto tempo. Tive de desmanchar e tricotar a camisola várias vezes até estar satisfeita com o resultado e o processo de escrita também demorou bastante mais tempo do que estava à espera.

O modelo está escrito para 12 tamanhos, o que faz com o que a graduação demorasse mais tempo do que estava à espera. Adicionalmente, gosto de publicar uma versão em português para tricô à portuguesa e uma versão em inglês para tricô continental, o que se traduz em demorar quase o dobro do tempo. No ponto de tijolo faz todo o sentido escrever as duas versões porque no tricô à portuguesa é possível tricotar 3 carreiras de liga em cada 4, e no tricô continental tricotar 3 carreiras de meia em cada 4.

No fim de contas, acho que valeu a pena! Tem sido extraordinário ver as testers com as suas camisolas terminadas. ❤️ E por falar nisso, podem ver as versões tricotadas no teste na página de projectos no Ravelry. Este modelo não tinha sido possível sem as testers!

Podem saber mais sobre a camisola Argila aqui.

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Sobre

Neste site escrevo sobre o meus designs de tricot, e sobre dicas e modificações aos modelos. Também é aqui que partilho as notas dos episódios do podcast. Podem encontrar-me no Youtube com o mesmo nome do blog. E claro, estou no Ravelry! Cliquem no icon acima ou procurem por apionese.

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